A vitória-régia é uma planta aquática típica da região amazônica. Ela possui uma grande folha em forma de círculo, que fica sobre a superfície da água, e pode chegar a ter até 2,5 metros de diâmetro e suportar até 40 quilos se forem bem distruibuídos em sua superfície.Sua flor pode ser branca, lilas, roxa, rosa e até amarela , e expelem uma fragrância noturna adocicado do abricó, chamada pelos europeus de "rosa lacustre", mantem-se aberta até aproximadamente as nove horas da manhã do dia seguinte. No segundo dia, o da polinização, a flor é cor de rosa. Assim que as flores se abrem, seu forte odor atrai os besouros polinizadores , que a adentram e nelas ficam prisioneiros. Hoje existe o controle por novas tecnologias em que é possível controlar o tamanho dos pratos e com isso é muito usada no paisagismo urbano tanto em grandes lagos e pequenos espelhos d'água.Os ingleses que deram o nome Vitória em homenagem à rainha, quando o explorador alemão a serviço da Coroa Britânica Robert Hermann Schomburgk levou suas sementes para os jardins do palácio inglês. O suco extraído de suas raízes é utilizado pelos índios como tintura negra para os cabelos. Também utilizada como folha sagrada nos rituais da cultura afro brasileira e denominado como Oxibata.
A Lenda
Há muitos anos, nas margens do majestoso Rio Amazonas, as jovens e belas índias de uma tribo, se reuniam para cantar e sonhar seus sonhos de amor. Elas ficavam por longas horas admirando a beleza da lua branca, e o mistério das estrêlas sonhando um dia ser uma delas.
Enquanto o aroma da noite tropical enfeitava aqueles sonhos, a lua deitava uma luz intensa nas águas, fazendo Naia, a mais jovem e mais sonhadora de todas, subir numa árvore alta para tentar tocar a lua. Ela não obteve êxito. No próximo dia, ela e suas amigas, subiram as montanhas distantes para sentir com suas mãos a maciez aveludada da lua, mas novamente elas falharam. Quando elas chegaram lá, a lua estava tão alta que todas retornaram a aldeia desapontadas. Elas acreditaram que se pudessem tocar a lua, ou mesmo as estrêlas, elas se transformariam em uma delas.
Na noite seguinte, Naia deixou a aldeia esperando realizar seu sonho. Ela tomou o caminho do rio para encontrar a lua nas negras águas. Lá, imensa, resplandescente, a lua descansava calmamente refletindo sua imagem na superfície da água. Naia, em sua inocência, pensou que a lua tinha vindo se banhar no rio e permitir que fosse tocada. Naia mergulhou nas profundezas das águas desaparecendo para sempre.
A lua, sentindo pena daquela tão jovem vida agora perdida, transformou Naia em uma flor gigante - a Vitória Régia - com um inebriante perfume e pétalas que se abrem nas águas para receber em toda sua superfície, a luz da lua.
Mariana Lima 2a2